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TJGO - Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

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UMA HOMENAGEM A RIO VERDE

domingo, 17 de janeiro de 2016


 Resultado de imagem para pontualidade

Por 
Creative Director and General Manager at Dialoog Comunicação



Tenho um amigo, francês, que aqui vou chamar de Pierre. Radicado no Brasil há uma década, Pierre é reputado por seu senso de humor refinado, visão estratégica e predileção por boas cervejas. Quase todas as vezes que marquei algo com Pierre, fosse um almoço, café ou reuniões de trabalho, a pontualidade do brasileiro (ou a falta de) esteve em pauta.
É evidente que, nestes três anos de convívio, devo ter-me atrasado em umas duas ou três ocasiões, afinal, vivo em São Paulo, e ainda que me locomova sem carro por opção, tenho a cidade inteira contra mim quando quero chegar na hora a um compromisso.
Nas ocasiões em que anunciei uma eventual demora, Pierre não perdeu a oportunidade: “Vai se atrasar, né? Como bom brasileiro...”, cutucou ele, rindo.
Sou obrigado a condescender com o francês: a pontualidade por aqui, definitivamente, não é levada a sério. Ainda duvida?
A aula na faculdade começa às 8h? Não corra, a tolerância é de 10 minutos! O escritório abre às 9h, mas ninguém decretará falência se o colaborador chegar às 9h30 (umas duas vezes por semana). O convite da festa infantil marca 15h? Apareça umas 16h que talvez o aniversariante já esteja pronto. Jantar em casa de amigos às 20h? Ninguém te deixará morrer de fome se você se atrasar 20 minutinhos. Em casamentos, inovação: padrinhos agora chegam após a noiva.
Compromissos corporativos não escapam à regra: reuniões, cafés-da-manhã, kick-offs e fechamentos, entre outros, estão sempre, ou quase, sujeitos a  delay.
Isso sem falar dos atrasos dos ônibus, trens, metrôs, aviões, serviços médicos, entrega de mercadorias, de obras...
A impontualidade no Brasil é cultural. Está impregnada em todas as áreas, em todos os níveis.
Pensando alto aqui, me questiono até onde essa falta de compromisso com os compromissos nos leva e nos levará? Os pequenos atrasos do dia-a-dia são exclusivamente pequenos atrasos ou o início de uma grande onda de lama tóxica que arrebata tudo e todos por onde passa? Para ponderar.
A pontualidade está sempre entre as características mais marcantes das pessoas bem-sucedidas
Convém lembrar que pontualidade não é favor. Controlar o próprio tempo é uma responsabilidade, entre tantas que permeiam nosso dia. Com a diferença que esta, quase sempre, envolve terceiros. Ser pontual, sendo assim, demonstra respeito para com o outro.
Numa rotina caótica como a nossa, com dezenas de microcompromissos diários e centenas de e-mails para ler na semana, quem controla seus horários com rigor e consegue estar na hora marcada em locais previamente estabelecidos agrega valor a sua imagem, lustra o seu nome e a sua marca.
A impontualidade gera desconforto, mancha reputações e, no longo prazo, pode estragar uma carreira
O atraso compulsivo como regra, por sua vez, demonstra exatamente o contrário: a imagem de uma pessoa muitas vezes atrapalhada, que tem dificuldades em cumprir o que promete, refém até dos pequenos obstáculos. No campo profissional, quem se mostra incapaz de gerenciar o próprio tempo, em certos casos, perde até a oportunidade de gerir equipes e projetos maiores.
Chega a ser notável a criatividade daqueles que arrumam tantas desculpas por não comunicar atrasos num mundo interconectado por WhatsApp, FaceTime, Skype, Facebook, SMS e o velho telefone.
Criar um networking consistente, que impulsiona carreiras e negócios, passa primeiro por confiança e credibilidade. E estas não se compram. Se conquistam com comprometimento, excelência e respeito.

Fonte: Linkedin

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016



 Joaquim Falcão
Por Joaquim Falcão Professor da FGV Direito Rio

Terça-feira Obama fez o tradicional discurso, no Congresso, sobre o Estado da União. Isto é, sobre a situação atual da nação americana. Ouvindo este discurso dirigido a todos os americanos, pensei no estado atual da nação brasileira. E fiz um exercício de democracia comparada. Analogia. 
Adaptei o discurso, na parte que ele julgou a mais importante: as necessárias mudanças no regime democrático. Como se um brasileiro se dirigisse a outros brasileiros: Aqui, através das propostas que ele fez para lá. Uma licença poética, diriam alguns mais críticos. Seria algo assim.
Para sairmos da crise em que estamos, é preciso consertar a política: o sistema representativo, os partidos, os políticos e os eleitores. O princípio básico é restaurar uma relação mínima de confiança entre todos. Para que não se considere o outro sempre malicioso, corrupto ou antidemocrático. Democracia não é rancor. É divergência, e também respeito e compromisso.
Para que isto ocorra, é preciso que não se neguem os fatos básicos evidenciados, seja pela economia, pela desigualdade social, seja pelo Judiciário. E, sobretudo, que não se ouça ou se considere apenas aqueles que pensam igual à gente. Pois então a vida política se reduziria aos momentos onde somente os radicais e extremistas falam.
A democracia se quebra, e precisa de conserto, quando o eleitor médio percebe que sua voz não conta. Suas demandas não são consideradas. E que o sistema político só favorece os ricos, os poderosos e alguns interesses corporativos. E corruptos. A maioria dos eleitores brasileiros sentem isto agora. E se desiludem com a política.
Se queremos mudar, não basta mudar um deputado na liderança, um senador na presidência do Senado, ou a própria Presidente da República.
Na democracia não basta apenas ser eleito. Mas, sobretudo, como se é eleito. Temos que reduzir o poder do dinheiro na política para evitar que pequenos grupos econômicos e sindicais de interesses secretos possam controlar as decisões da nação. Estes, com mais dinheiro e poder, podem controlar as decisões sobre o necessário ajuste fiscal.  Mantendo os subsídios aos grandes negócios não competitivos.  Aumentando os benefícios das corporações do funcionalismo público.  Aumentando o desemprego e a desigualdade social. Reduzindo nossa capacidade de proteção contra a violência urbana.
Não foram os empregados, os desempregados, os consumidores nos supermercados, os pequenos e médios empresários, os pacientes de hospitais, os professores e estudantes que provocaram a crise financeira em que estamos. Foram as ilimitadas ambições e equivocadas decisões em Brasília.
Mas ninguém pode consertar a política sozinho. Nem o Presidente, nem Curitiba, nem o Supremo, nem o   Congresso individualmente. É fundamental que o eleitor continue participando da política além do momento eleitoral. Ser permanentemente ativo.  Do contrário, não temos razões para ser otimistas quanto ao futuro.

Fonte: Blog do Noblat

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016


Resultado de imagem para PESCADOR DE ILUSÕES

Por Zilmar Duarte.

No final do ano circulou mais uma vez pela internet texto falsamente atribuído a Carlos Drummond de Andrade[1], intitulado “Cortar o Tempo”, cujo início é absolutamente arrebatador:
“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser diferente…”.
Um novo marco legislativo, tal qual o passar do ano, traz consigo o milagre da renovação, de que, no nosso caso, o processo civil começa outra vez, pelo que se renovam as esperanças de que tudo vai ser diferente.
Porém, é óbvio, o fatiamento do tempo ou a sucessão legislativa não tornam, só por si, o porvir melhor do que o presente, sendo que, por vezes, o futuro nos fisga com mera ilusão.
Prontamente devo dizer, em que pese estimulados pelas discussões acadêmicas, estamos desanimados com o Novo CPC, pelo que, como não poderia deixar de ser, tal desalento dá o tom desta cantilena. E dizemos isso com a tranquilidade de quem esperou ansiosamente pelo anteprojeto, mesmerizados pelos anúncios de suas diretrizes, de sua ideologia norteadora da celeridade e efetividade (ideário maior).

Reconhecemos, obviamente, diversas virtudes no Novo CPC, suas melodias, mas a frustração com os arranjos desafinados na partitura do Código calam mais alto.
Pescados que fomos pela isca da ideologia de maior celeridade do Código, a ilusão se dissipou com o trespassar frio do anzol, prenúncio de que o processo civil brasileiro continuará enleado nas mesmas linhas, conduzido pela sincopada melodia do atraso.
Diversos são os comandos do Novo Código que conspiram contra a celeridade processual, a efetividade do processo, tornando este verdadeiras palavras de um livro sem final.
O grande pecado do Código, no particular, foi ter mantido o efeito suspensivo automático das apelações, afastando consequentemente a eficácia imediata das sentenças judiciais.
Como o devido e merecido respeito, atualmente as sentenças, por conta do efeito suspensivo ope legis, assemelham-se muito com às decisões dos juízes leigos de que trata o artigo 40 da Lei nº 9.099/1995, sempre a esperar a chancela ou substituição pelo respectivo Tribunal.
Nada justifica obrigar o vencedor da demanda em primeira instância a esperar o tempo do duplo grau de jurisdição, quando o juiz já declarou a existência do direito postulado.
Manteve-se no Código o paradoxo de uma tutela provisória, pautada sempre em cognição sumária, em grande parte dos casos proferida sem a realização do prévio contraditório, ter mais eficácia do que uma sentença, assentada em cognição exauriente e contraditório completo.
Como já dissemos aqui, em um sistema de Justiça civil que se deseja (e se projeta) efetivo e sério, a sentença não pode ter o mesmo efeito de um parecer; o primeiro grau não pode ser mera instância de passagem; e o juiz monocrático não pode ser responsável, simplesmente, por decidir quem vai recorrer de sua decisão (quando não ambos)[2].
Assim, acaso permitido catar o preceptivo do Código que mais conspira contra a efetividade, ousaríamos apontar o artigo 1.012, no que concede efeito suspensivo ope legis às apelações, desarranjando qualquer melodia, tornando o procedimento comum previsto no Novo CPC palco de inaudível.
MARCELO PACHECO MACHADO, na semana passada, trouxe-nos como resoluções para o ano novo algumas premissas, que poderíamos sintetizar numa postura proativa dos atores do processo judicial em tornar o processo mais simples, eficaz e menos complexo[3].
CARNELUTTI, em feliz passagem, prelecionava que o resultado do processo depende muito mais da qualidade e da quantidade dos instrumentos, pessoas e bens de que possa dispor, do que propriamente da bondade das normas processuais que regulem seu emprego.
Logo, postura proativa dos atores processuais, compromisso com a efetividade do processo por parte destes, possibilita uma releitura transformadora da realidade processual, na medida em que a mirada seja a efetividade processual.
Como consta do prefácio do livro escrito em coautoria com companheiros desta coluna:
“Existe uma velha fábula sobre um grande professor de piano que, não obstante seus méritos musicais, era destituído de posses, pois direcionava seu ensino às pessoas de poucos recursos, quando não despojados destes. Esse professor ministrava suas aulas utilizando um velho piano, em que algumas teclas não mais funcionavam, pelo que o professor habilidosamente ignorava-as com seus toques rápidos e certeiros. Ainda assim, o virtuoso professor, nas suas interpretações musicais, extraia do piano os sons necessários à execução musical. Passados vários anos de ensino, formados diversos alunos no maltratado instrumento, um deles presenteou o professor com um novo piano. Ainda que este funcionasse perfeitamente, o professor continuava a tocar majestosamente suas peças ignorando as teclas do novo piano, correspondentes àquelas que não funcionavam no velho piano. Conquanto as interpretações musicais do grande professor continuassem virtuosas, as mesmas ficavam sempre aquém das potencialidades do novo piano, da execução musical completa que utilizasse todos os recursos sonoros disponíveis no referido instrumento. A lição por trás do conto é que o novo instrumento não produz resultados renovadores se não acompanhado de uma nova visão, uma nova postura ou, melhor dizendo, uma nova prática.”[4].
Pois bem, o que desejamos neste ano e para o Novo Código, é que os atores do processo judicial utilizem os mecanismos previstos no mesmo na direção de fazer o processo mais efetivo, consequentemente menos ilusórias suas promessas.
A postura tem que ser outra.
O Código oferece mecanismos para tanto. Permite a concessão de tutela de urgência ou evidência na sentença, afastando o efeito suspensivo automático (artigo 1.012, § 1o, inciso V), dá margem à interpretação da eficácia imediata das decisões parciais de mérito (artigo 356) e das sentenças proferidas em ação monitória (artigo 702)[5], o que coroa sua exigência pela tutela satisfativa em prazo razoável (artigo 4º).
Será um contrassenso, com a devida vênia, na vigência do Novo Código, que o magistrado não esteja convencido suficientemente da evidência do direito, a fim de conceder a tutela de evidência na sentença (artigo 311).
Igualmente, o próprio tempo do processo é justificativa mais que suficiente para, em sede de sentença, ser concedida a tutela provisória, pois o desrespeito ao direito, por largo período, sempre coloca em risco sua plena satisfação (artigo 300).
Portanto, para 2016, para o Novo Código, o que se deseja simplesmente é efetividade das sentenças judiciais.
Nada mais, nada menos.
Feliz ano novo e que façamos efetivo nosso desejo de efetividade, sob pena de as promessas do Novo Código, que nos trouxeram fé, não passarem de mais uma ilusão, sobre a qual não valia a pena esperar.


[1] Ao que parece, o texto é de Roberto Pompeu de Toledo.
[2] Disponível: http://jota.info/o-novo-cpc-e-a-desconfianca-nos-juizes Acesso: 3-jan-2016.
[3] Disponível: http://jota.info/tres-resolucoes-de-ano-novo-para-o-novo-cpc Acesso: 3-jan-2016.
[4] GAJARDONI, Fernando da Fonseca; Dellore, Luiz; ROQUE, Andre Vasconcelos; OLIVEIRA JUNIOR, Zulmar Duarte de. Teoria geral do processo: comentários ao CPC de 2015; parte geral. São Paulo: Método, 2015.
[5] Disponível: http://jota.info/ressureicao-da-acao-monitoria-novo-cpc Acesso: 3-jan-2016.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Resultado de imagem para estudo das criança


As férias ainda estão aí, mas antes que fique em cima da hora, os pais já devem saber como preparar os filhos para o retorno à escola de forma gradual e com certa antecedência. Então anote aí estas 10 dicas para retomar a rotina dos estudos.
Segundo especialistas, nesse período é importante restabelecer a rotina para que a criança comece o ano adaptada aos horários das atividades escolares.

Como retomar a rotina dos estudos

1- Enquanto durar as férias, deixe a criança brincar e descansar. Nada de dar coisas para ler e estudar. A escola é o trabalho da criança, então ela precisa de férias para esquecer um pouco da escola.
2- Uma semana antes do retorno às aulas coloque a criança para dormir e acordar mais cedo para ir se acostumando aos poucos com a rotina. É recomendável reduzir o tempo na internet ou na frente da TV. Volte a fazer as refeições nos horários habituais.
3- Outra dica é ligar para os amigos ou encontrá-los dias antes do começo do ano letivo. A criança poderá contar sobre suas férias e dividir a ansiedade com as novidades do novo ano, deixando-a mais confortável para o retorno.
4- Procure arrumar com os filhos a mochila com o material que será utilizado. Repor algum material que falta ou oferecer algo novo demonstra preocupação dos pais com a volta às aulas. Algumas escolas passam lições para as férias. Verifique se foram feitas e se estão prontas para serem entregues
5- Se é o primeiro ano da criança em sala de aula, comece aos poucos a conversar sobre o que ela fará na escola. É importante envolver a criança no processo. Se o jovem vai mudar de escola, leve-o para conhecer o novo colégio.
6- O retorno às aulas marca também à volta ao convívio com colegas de classe. Use isso como estímulo para voltar à rotina de aulas.
7- Incentive os estudantes a levarem fotos e panfletos de lugares que foram visitados durante as férias para comentar com colegas e professores. Estimule seu filho a mostrar na escola o que aprendeu durante esse período e a perguntar também a seus colegas o que aprenderam nas férias.
8- Tenha um tempo para acompanhar o dever de casa da criança. Nem todos os pais têm muito tempo, mas eles devem reservar pelo menos uns 40 minutos para conversar sobre a escola, não para cobrar, mas para estar por perto enquanto a criança estuda.
9- Pais e familiares devem ser positivos e motivadores no momento da volta às aulas. Leve os filhos à escola com alegria e, após o primeiro dia de aula, pergunte sobre as novidades, mostre interesse e diga o quanto aquilo também lhe empolga.
10- No caso dos adolescentes, o acompanhamento é mais distante, mas os pais precisam perceber e cobrar se ele está ou não separando um tempo para estudar.
Com estas dicas, a retomada da rotina de estudos vai ficar mais fácil. Experimente!

Fonte: Canal do Ensino